sexta-feira, 5 de junho de 2009

agua salgada


Àgua Salgada
Os mares e os oceanos representam 71% da superfície da Terra, isto é, 360 milhões de km2, e 9% dos recursos hídricos do planeta.
São uma fonte abundante de recursos biológicos e naturais, comparável ou mesmo superior às florestas tropicais.
Constituem também um recurso económico e uma reserva energética, são essenciais para determinar o clima da Terra e representam sistemas muito produtivos, que reciclam constantemente os produtos químicos, os nutrientes e a água. 40% cento da população mundial vive num raio de 60km da costa e 35 milhões de pessoas dependem da pesca.
Os oceanos são uma fonte importantíssima de alimentos e de emprego e constituem vias naturais de comunicação, transporte e comércio.
O oceano é menos conhecido do que alguns planetas distantes e contém muitos recursos, em parte ainda por utilizar. Mas esses recursos potenciais são limitados, tanto pela sua capacidade como pela sua possibilidade de absorver os efeitos do desenvolvimento e da poluição. São já visíveis os sinais de stress, especialmente nas zonas costeiras baixas e nas ilhas pequenas. Entre os sintomas de doenças figuram os seguintes: poluição, esgotamento das unidades populacionais de peixes, desaparecimento das costas, subida do nível do mar, um aumento das temperaturas de superfície que ameaça as correntes oceânicas profundas, tempestades mais frequentes, fusão das calotas glaciais...
80% da poluição dos mares e oceanos é um resultado de actividades terrestres. , Nos oceanos e mares do planeta, há quase 150 “zonas mortas”, pobres em oxigénio devido a um excesso de nutrientes, provenientes sobretudo do azoto dos fertilizantes agrícolas, das emissões produzidas por veículos e fábricas e dos resíduos. Um baixo nível de oxigénio prejudica a vida dos animais marinhos e alguns habitats importantes, como os leitos de sargaços. É uma importante ameaça para as unidades populacionais de peixes e, por conseguinte, para as populações que dependem deste recurso.
O estado da pesca no mundo continua a degradar-se. 70% dos recursos haliêuticos com valor comercial foram já pescados ou encontram-se no limiar de conservação da espécie, o que tem consequências sociais, económicas e ecológicas. A pesca ilegal com palangre, realizada por palangres que chegam a ser arrastados ao longo de 80 milhas, mata mais de 300 000 aves marinhas por ano. Os peixes capturados acidentalmente representam 20 milhões de toneladas por ano e a morte de pequenas baleias, golfinhos e botos.
A alteração do habitat deve-se a actividades como a dragagem, a descarga de resíduos, o depósitos de resíduos sólidos em locais situados no litoral, as construções junto à costa e a construção de estradas, o abate das florestas costeiras e diversas actividades turísticas e recreativas como o mergulho. Embora, por exemplo, os recifes de coral cubram apenas menos de 0,5% do fundo dos oceanos, 90% das espécies marinhas dependem directa ou indirectamente deles. Os recifes protegem também as populações, servindo de barreira entre os oceanos e as comunidades do litoral. Mas 60% do que resta dos recifes de corais corre sérios riscos de desaparecer, durante os próximos 30 anos, se não forem tomadas medidas. 85% das costas europeias estão em perigo, devido à criação de infra-estruturas e a outras construções bem como a causas naturais.
Cerca de 3000 espécies não-indígenas de plantas e de animais são transportadas todos os dias pela água de lastro dos navios. Quando introduzidas em habitats distantes, estas espécies podem reproduzir-se de uma maneira incontrolável, por vezes com efeitos devastadores para a biodiversidade marinha e a economia que dela depende.
O aquecimento do clima poderia ter efeitos impressionantes nos oceanos, levando a um abrandamento da sua função de regulação das temperaturas. O Grupo Internacional sobre Alterações Climáticas prevê o aumento tanto da frequência como da intensidade das tempestades e de outros fenómenos climáticos extremos, o que causará danos aos ecossistemas costeiros e reduzirá a sua capacidade de se reconstituírem.
Embora o transporte marítimo seja considerado como um meio de transporte que respeita o ambiente, pode ter um impacte negativo considerável, se as normas não forem observadas e aplicadas, pois isso pode conduzir a grave acidentes petrolíferos e a descargas ilegais de poluentes, que vão desde o petróleo bruto às substâncias radioactivas.

relevo submarino


RELEVO SUBMARINO

Neste tipo de relevo podemos diferenciar:

Plataforma continental

É a estrutura geológica continental abaixo do nível do mar. Apresenta uma profundidade razoável, contribuindo para que se desenvolva vegetação marinha e conseqüentemente o desenvolvimento de atividade pesqueira. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano.

Talude Continental

Onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, com inclinação de profundidade que podem chegar a 3mil metros.

Região pelágica

É o relevo submarino onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcanismo. Podendo atingir a 6 mil metros abaixo do mar.

Agentes esculpidores

São os fenômenos de grande importância na transformação do relevo terrestre. São chamados de agentes de erosão ou esculturais.

Fatores como: tipo de relevo, natureza das rochas, das águas, presença do homem ou animais e clima, influenciam na intensidade das ações desses agentes esculturais.

Esses fenômenos tem ação lenta, mas constante. São fenômenos da atmosfera, biosfera e hidrosfera.

Intemperismo

Ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, separando e decompondo as rochas.

O intemperismo físico é a desagregação das rochas por agentes físicos e biológicos.

A temperatura do ar e a água são gentes físicos. Por exemplo: as rochas estão superaquecidas, pelo calor do sol, daí são resfriadas bruscamente pelas chuvas, dessa forma ocorre a desagregação das rochas. Isto ocorre intensamente nas regiões de clima áridos, aonde predomina rochas sedimentares detríticas.

Exemplo de intemperismo físico causado por um agente biológico: o crescimento de raízes grandes (mangueira) causa ondulações no terreno podendo comprometer algumas edificações.

O intemperismo químico é a decomposição das rochas por agentes químicos e biológicos, por exemplo, formação das cavernas.

A matéria orgânica produz substâncias que causam a decomposição das rochas, é portanto, um exemplo de intemperismo químico.

Erosão marinha

Age tanto no sentido de construir como de destruir as formas de relevo. Praia é um exemplo do primeiro caso.

- restinga: é a acumulação feita nas entradas das baías, formando-se lagoas costeiras.

- recife: acumulação de carapaças de animais marinhos, antigas praias e restingas que se consolidaram em rocha sedimentar, próxima à praia, diminuindo a ação das ondas. O recife pode ser de origem arenosa ou de coral (biológica).

- ilhas oceânicas: são geralmente de origem vulcânica ou cumes do relevo submarino (como se fossem montadas em alto mar). Aparecem em meio oceano, sem ligação direta com o continente.

Ação dos animais e do homem

Muitos animais, como tatus, fazem buracos fundos e a areia removida fica acumulada junto as suas tocas. Eles também são modificadores do relevo.

O homem age como modificador do relevo de uma maneira mais ampla e intensa.

O homem constrói túneis, destróis montanhas com dinamite, aterra lagos e pântanos. O resultado desse trabalho nem sempre é positivo. O homem na maioria das vezes destrói o natural sem pensar nas conseqüências e acaba colhendo resultados desastrosos.

O desmatamento elevou os índices do processo erosivo. Por causa disso, as enxurradas escavam vários buracos que crescem e ameaçam as edificações em muitas cidades.